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Circular Expo Itanhandu 2019

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109ª Exposição Nacional do Fila Brasileiro

12ª Exposição do Fila Brasileiro de Itanhandu

expo itanhandu

O CAFIB – Clube de Aprimoramento do Fila Brasileiro, como já se tornou praxe, neste ano de 2019 (em que comemoramos nosso 41º aniversário), deu início a seu Calendário de Exposições mais uma vez em Itanhandu, nas montanhas do sul de Minas Gerais. E o palco do evento, no dia 7 de abril, foi, novamente, a tradicional Fazenda Guapiara, pertencente aos organizadores da mostra, Cíntia e Gérson Junqueira de Barros, e onde também está instalado o Canil Itanhandu, fundado em 1994 – um gigantesco criatório, sempre impecavelmente limpo, em que são mantidos mais de 50 Filas adultos em reprodução.

Esta 109ª Exposição Nacional do Fila Brasileiro do CAFIB e 12ª Exposição do Fila Brasileiro de Itanhandu contou com “apenas” 100 cães em pista, não quebrando, portanto, o recorde de 101 competidores, registrado no mesmo local em 2018, porque Cíntia e Gérson inscreveram exemplares apenas nas classes “Incentivo” e “Filhotes”. E eles tomaram a decisão de não apresentar seus cães em pista neste ano de 2019, embora continuem a participar, como sempre, da Diretoria do CAFIB e a auxiliar a elaboração, organização e divulgação das diversas atividades envolvendo o melhoramento genético do verdadeiro Fila Brasileiro.

E, por falar em 100 Filas na pista, abrimos aqui um parêntese para lembrar, como registro histórico, que na 1ª Análise de Fenótipo e Temperamento promovida pelo CAFIB na capital paulista, em agosto de 1979, os juízes fundadores do clube, Airton Campbell, Américo Cardoso dos Santos Jr., Marília Penteado Maruyama, Paulo Santos Cruz e Roberto Maruyama, avaliaram 113 Filas. Ainda com intuito de preservar a memória de nossa entidade, registramos também que, em junho de 1980, os mesmos cinco juízes analisaram 74 cães e Paulo Santos Cruz julgou os 52 inscritos para nossa 1ª Exposição Nacional do Fila Brasileiro, no Parque Doutor Fernando Costa, criado em 1929 e mais conhecido como Parque da Água Branca, em São Paulo (SP). Não podemos deixar de lamentar que esse tradicional palco de grandes mostras agropecuárias, situado na Zona Oeste da cidade, no bairro da Barra Funda, com seu amplo cenário bucólico e suas construções aprazíveis, tenha sido substituído, desde 1978, pelo horrendo Recinto de Exposições da Água Funda (depois Agrocentro, depois Centro de Exposições Imigrantes e agora, São Paulo Expo), uma fria construção de concreto e muito mal localizada, no Jabaquara, Zona Sul, às margens da Rodovia dos Imigrantes, que leva ao litoral, como se os estabelecimentos pecuários não estivessem no interior do estado, mas se situassem à beira-mar, obrigando os expositores a atravessar, penosamente, com seus caminhões de gado, toda a gigantesca capital paulista, onde o trânsito infernal de veículos é um dos mais congestionados do mundo.

Fechado o parêntese, e voltando à Fazenda Guapiara, registramos aqui o extraordinário curriculum do Canil Itanhandu:

CRIADOR DO ANO: 2008 a 2018
EXPOSITOR DO ANO: 2008 a 2018
CAMPEÃO BRASILEIRO 2008: Umiri do Itanhandu
CAMPEÃO BRASILEIRO 2011, 2012 e 2013: Zenon do Itanhandu
CAMPEÃO BRASILEIRO 2015: Cipó do Itanhandu
CAMPEÃO BRASILEIRO 2016: Kratos do Itanhandu
CAMPEÃO BRASILEIRO 2017: Aragon do Itanhandu
CAMPEÃO SUL-AMERICANO 2018: Aragon do Itanhandu
CAMPEÃ SUL-AMERICANA 2018: Sevilha do Itanhandu
TEMPERAMENTO DO ANO 2012: Zenon do Itanhandu
TEMPERAMENTO DO ANO 2018: Aragon do Itanhandu
REPRODUTOR DO ANO 2012: Umiri do Itanhandu
REPRODUTOR DO ANO 2014: Zenon do Itanhandu
REPRODUTOR DO ANO 2015 e 2016: Umiri do Itanhandu
REPRODUTOR DO ANO 2017 e 2018: Vulcão do Itanhandu
REPRODUTORA DO ANO 2008: Videira do Itanhandu
REPRODUTORA DO ANO 2009: Valença do Itanhandu
REPRODUTORA DO ANO 2011: Sirena do Itanhandu
REPRODUTORA DO ANO 2012: Salina do Itanhandu
REPRODUTORA DO ANO 2015: Xuxa do Itanhandu
REPRODUTORA DO ANO 2016:e 2017: Filó do Itanhandu

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Zenon do Itanhandu, Tricampeão Brasileiro.

Nessa impressionante relação destaca-se o desempenho de Zenon do Itanhandu, que acumulou os títulos de Tricampeão Brasileiro (2011, 2012 e 2013), Temperamento do Ano (2012) e Reprodutor do Ano (2014), além de ter recebido a rara e cobiçada Medalha de Ouro do CAFIB, correspondente à qualificação Ótimo.

Lembramos que Gérson participou de uma Exposição do CAFIB, pela primeira vez, em 1986, na cidade de Guaratinguetá (SP), ainda antes de ter se casado com Cíntia. Ele traz a paixão pelo melhoramento genético do Fila e o amor pela raça profundamente gravados em seu DNA, em decorrência de seus fortes vínculos familiares e afetivos com tradicionais criadores do sul de Minas Gerais. É sobrinho neto de Pedro Ribeiro Junqueira de Souza, o lendário “Pedrinho do Engenho” (1908 – 1991), um farmacêutico que criava seus cães na Fazenda do Engenho, situada no local que, originalmente, tinha sido denominado arraial Carmo de Cristina e que depois passou a chamar-se Carmo do Pouso Alto de Cristina; em 1832, ao se desmembrar de Pouso Alto, o arraial tornou-se freguesia; em 1841, ao ser elevado a distrito, mudou novamente de nome, para Carmo do Rio Verde; a partir de 1901 se emancipou e passou a se chamar Silvestre Ferraz (nome que tinha na época em que foi visitado pelo advogado Paulo Santos Cruz, que iniciara seu Canil Parnapuan nos anos 1940 e viajava constantemente para o sul de Minas Gerais em busca de exemplares típicos); e, finalmente, em 1953, recebeu o nome de Carmo de Minas. Nessa Fazenda do Engenho, o avô de Pedrinho, Joaquim José de Faria e Souza, começara sua criação de cães (então ainda denominados Boiadeiros, Onceiros ou Cabeçudos, pois só muito depois seriam chamados de Fila Brasileiro) em 1850. Além de seus laços de sangue com essa família, Gérson, desde a infância, também é amigo dos netos de João da Silva Costa, de Itanhandu, grande criador de Filas e em cuja fazenda ele travou os primeiros contatos com a raça. Em uma homenagem a esse importante fazendeiro, o recinto das mostras agropecuárias da cidade chama-se Parque de Exposições João da Silva Costa. Como curiosidade, vale registrar que um dos primeiros Filas de fazenda trazidos pelo CAFIB, no início de nossas peregrinações em busca de remanescentes típicos da raça, foi o exemplar de criação de João Costa, chamado Leão (CAFIB SP 0013), que veio a se tornar um dos mais importantes reprodutores da raça e foi cedido pelo saudoso Sebastião Pereira Monteiro, que morava em Aparecida (SP), a Airton Campbell, titular do Canil Parque do Castelo, na capital paulista. Leão produziu, nos anos 1980, um dos destaques desse tradicional criatório: Forte do Parque do Castelo, cuja mãe era Amandi do Araguaya, por sua vez, filha de outro cão de fazenda, Sultão (de criação de José Gomes, de Varginha, e descoberto pelo CAFIB na cidade de Fama). Ainda como curiosidade, atestando a pouca importância que os criadores atribuíam aos Filas, lembramos que, ao visitarmos pela primeira vez aquela fazenda de João Costa, constatamos, com surpresa, que o numeroso plantel era composto por vários machos, todos chamados Leão, e por diversas fêmeas, todas chamadas Fera.

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Juízes da exposição, Fabiano e Mariana.

Voltando a 2019 e a esta grande Análise de Fenótipo e Temperamento, em Itanhandu, registramos o comparecimento de 29 cães, dos quais 27 foram aprovados e dois, reprovados por apresentarem reação desqualificante nas provas de temperamento e sistema nervoso. Na Exposição, realizada em seguida, Mariana Campbell (Canil Parque do Castelo) julgou 61 fêmeas e Fabiano Gonçalves Nunes (Canil Jawa), 39 machos. Como de praxe, a primeira classe a entrar em pista foi a de Filhotinhos, com menos de seis meses de idade (e dispensados de prévia análise) que, neste evento, contou com 19 fêmeas e 17 machos. É importante ressaltar que, mesmo sem terem sido analisados, um dos concorrentes, Zandor do Carlão, foi retirado de pista antes do início do julgamento por apresentar falta desqualificante indicativa de mestiçagem: coloração de pelagem tigrada muito escura, formando grandes manchas pretas em todo o corpo.

O Canil Itanhandu, por intermédio de Cintia e Gerson entregaram uma homenagem a Giovani Eder de Carvalho e Nelson Antônio Fernandes pela contribuição que deram a raça nestes 41 anos do CAFIB.

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Entrega da homenagem ao Giovani e ao Nelson.

Atuaram na Análise os juízes Américo Cardoso dos Santos Jr. (Vargem Grande Paulista, SP), Fabiano Gonçalves Nunes (Guaratinguetá, SP), Giovani Éder de Carvalho (Aparecida, SP), Luciano José de Almeida Gavião (Descalvado, SP) e Marcus Flávio Vilasboas Moreira (Nova Serrana, MG). E, na Exposição, trabalharam como auxiliares de pista Bete Sayuri Hino (do Canil Hisama, em Guarulhos, SP) e José Mário Rojas Ocampo (nosso representante na Costa Rica e titular do Canil El Isidreño). Os melhores tigrados foram escolhidos por Francisco Peltier de Queiroz (Rio de Janeiro, RJ). O veterinário responsável pelo evento foi Luciano Gavião, os trabalhos de secretaria ficaram a cargo de Denise Gavião e Cleide Cocito Cardoso dos Santos, enquanto Cíntia Junqueira de Barros e Bete Hino encarregaram-se das fotografias. As provas de ataque foram realizadas com muita competência pelo experiente Dionísio Rabelo.

Compareceram a este evento de abertura da Temporada 2019 do CAFIB criadores, expositores, juízes, sócios, admiradores e interessados envolvidos na criação do Fila Brasileiro vindos de diversos municípios e estados do Brasil e do exterior. Entre os brasileiros, participaram representantes da Bahia (Vitória da Conquista); Goiás (Aparecida de Goiânia e Goiânia); Maranhão (São Luís e Caxias); Minas Gerais (Aiuruoca, Belo Horizonte, Botelhos, Campanha, Campo Belo, Cordisburgo, Itanhandu, Lavras, Nova Serrana, Passa Quatro, Patos de Minas, Santa Rita do Sapucaí, São José da Lapa e Três Corações); Piauí (Teresina); Rio de Janeiro (Macaé, Quatis, Rio de Janeiro e Valença); Rio Grande do Sul (Porto Alegre); São Paulo (Aparecida, Biritiba Mirim, Bragança Paulista, Cruzeiro, Descalvado, Guaratinguetá, Guarulhos, Jacareí, Paraibuna, São Bernardo do Campo, São Carlos, São Paulo, Tuiuti e Vargem Grande Paulista). E, entre os estrangeiros, destacamos a presença de representantes da Costa Rica (Alajuela) e do Uruguai (Canelones).

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Criadores do Nordeste e do Sul do país.

O CAFIB registra e agradece o comparecimento dos interessados e expositores que vieram de longe para prestigiar o evento, especialmente a participação dos costa-riquenhos José Mario Rojas Ocampo (advogado) e sua mulher Lígia Chaves Rodríguez (que foi nutricionista da Seleção Nacional de Futebol da Costa Rica). Também ressaltamos a presença em pista de uma cadela vinda do departamento de Canelones, no Uruguai, enviada por Daniel Balsas, do Canil Piedras de Afilar. Entre os brasileiros que rodaram, ou voaram, grandes distâncias, ficamos gratos pela visita de nossos amigos do Piauí, Gorthon Lima Mortiz, do Canil Recanto Moriá, que, no ano passado, foi um dos principais organizadores da 1ª Exposição do CAFIB em Teresina, juntamente com Leo Lima (representante do CAFIB no Piauí) e Vítor Abreu de Souza, titulares do Canil Itapi, sócios do CAFIB, além de Wolner Filho, do Canil Tabocas.. Ficamos reconhecidos ainda pelo comparecimento de Aluísio R. Mello Filho, do Canil Realengo, da cidade de São Luiz, no Maranhão; de Claudio Rocha, do Canil Arizona, da Bahia, assim como de Fabiano Aguiar Gonçalves, do Canil Querência Velha, e de Ricardo Freiberger Oliveira, do Canil Tchê Munaias, ambos vindos de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Também ficamos honrados com a presença de Cristóvão Giancotti e sua esposa Claudia, tradicional criador mineiro, muito respeitado no Brasil e no exterior, titular do conhecido Canil Tabayara em Belo Horizonte. E quem viajou de mais longe para participar da mostra, trazendo quatro Filas, tendo recebido, portanto, o Troféu Fileiro da Estrada, foi nossa sócia, a expositora Cristiane Pedreira Coelho, do Canil Herdade, vinda de Vitória da Conquista, na Bahia.

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Troféu Fileiro de Estrada para Cristiane Pedreira Coelho, e a presença de Francisco Liberato Barroso.

Neste nosso contínuo processo de expansão, passamos agora a contar com novos associados, que abriram e registraram canis, além de participar da Exposição: o paulista de Paraibuna, José Luís Calderaro Neto, do Canil Guardiões de Paraibuna; e os mineiros, de Belo Horizonte, Luiz Antônio Barreira, do Canil Fazenda Boa Vista; de Santa Rita do Sapucaí, Rodrigo Pereira de Mesquita, do Canil Vale do Sapucaí; de São José da Lapa, Marcos Abrão Borges de Melo, do Canil Jardim da Lapa; de Patos de Minas, Mauro Caixeta Jr., do Canil Fazenda Juá e de Botelhos, Jonas Martins de Jesus. E, para finalizar, recebemos também a visita de quatro antigos sócios do CAFIB, que já tinham sido expressivos criadores e assíduos expositores em nossos eventos, mas que, por motivos particulares, tinham, temporariamente se afastado: Half Fonseca Marassi, do Canil Alto Quatis (Quatis, RJ), Joaquim Liberato Barroso, do Canil Boa Sorte (Valença, RJ), Felipe Medeiros e sua esposa, Flávia Thaís , do Canil Boca Negra, (Cruzeiro, SP) e Waidson Bolpetti e esposa, do Canil Makarius do Tuiuti, da cidade de Tuiuti, SP.

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Half, Giancotti e Claudia. Waidson Bolpeti.

Os dois juízes, Mariana e Fabiano, juntos, selecionaram 12 exemplares para a escolha da Melhor Cabeça da Exposição e também 12 para participar da disputa de Melhor Temperamento da Exposição.

Os vencedores das principais premiações foram:

MELHOR MACHO: Sultão do Recanto do Livramento, de Felício Branco Unello (Biritiba Mirim, SP)
MELHOR FÊMEA: Gana Recanto do Livramento, de Leonardo Monteiro (Cordisburgo, MG)
MELHOR CABEÇA: Lyoto Fila Roots, de Alessandro Castro Bueno (Aparecida de Goiânia, GO)
MELHOR TEMPERAMENTO: Lyoto Fila Roots, de Alessandro Castro Bueno (Aparecida de Goiânia, GO)

A relação completa das premiações nas diversas classes deste evento será publicada, por nossa Diretoria de Divulgação, em breve, no site: www.cafibbrasil.com, ou www.cafib.org.br. E nosso próximo evento está marcado para 23 de junho na cidade paulista de Jacareí: a 110ª Exposição Nacional do Fila Brasileiro do CAFIB e 6ª Exposição do Fila Brasileiro de Jacareí, organizada por Flávio Pires, do Canil Palmares e julgada por Giovane Eder de Carvalho e Jonas Tadeu Iacovantuono.

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